sábado, 11 de junho de 2011

Siga em frente.



Escolha: Ato ou efeito de escolher; Preferência, predileção; Opção.


Dessa vez, decidi mudar o cenário, fui caminhar nas areias da praia, quem sabe eu curtindo esse combo de maravilhas da natureza eu não fico melhor? Areia, mar, brisa gelada, o sol, se pondo entre os morros...nessa hora que agradeço pelos meus sinais vitais e por meus sentidos, porque é um privilégio estar aqui.
Coloquei meus pés na areia, que sensação de liberdade...olhei para o mar, decidi-me sentar, para melhor apreciar. Toda encolhida eu refletia sobre as flores que Papai planta em nosso jardim. O que fazer com elas?
Ousadamente, plantaram uma bela flor em meu jardim, inicialmente fiquei assustada, será que eu saberia cuidar dela, em vista de que em meu jardim já havia outra flor, que me dava trabalho. Decidi arriscar e tentar abrigá-la aqui...
Ela fez-me sentir algo que já não sentia há tempos; Me fazia sorrir, eu senti que era importante, pelo menos para ela, todos os dias de manhã ela exalava seu cheiro, mesmo sem eu vê-la eu sentia, e à noite, quando eu parava para admirá-la e ela me dava aquele sorriso de todos os dias.
Mas e a outra flor? Sim, eu cuidava dela ainda, às vezes até mais, mas ela era indiferente. Eu gostava de admirá-la, de dizer o quanto ela era linda e o quanto ela mexia com minha vida, mesmo ela sendo de outra pessoa também.
Cansada de ficar dividida, um dia tive que escolher com qual eu ficaria. Foi uma difícil decisão...mas com medo de me envolver, de me apegar de mais, achei melhor ficar com a que não era inteiramente minha, porque aí eu não poderia mesmo me apaixonar por seu cheiro. Já a outra, inteirinha para mim, só para mim, poderia despertar um sentimento que eu não poderia ter, seu cheiro me embalava numa canção jamais ouvida...me envolvia... Tive que deixá-la ser plantada em outro lugar, mesmo com o coração partido, e seu aroma continua aqui...mas flores morrem.
E aqui, sentada, olhando para o horizonte, vendo a noite cair percebo o quão idiota eu fui, sim, idiota!
Mas o futuro, a mim não pertence...quem sabe Papai me ajude.
Me levanto, e me despeço da linda noite que está por vir, porque meu beco me espera.



O tempo é a única ferramenta não ajustável que temos em nossas mãos.
Escrito por: Paula Marini

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